domingo, 8 de setembro de 2013

O MERGULHO PODE BENEFICIAR AS PESSOAS COM LESÃO NA MEDULA ESPINHAL

Um estudo preliminar concluiu que o mergulho pode ajudar a melhorar o movimento muscular, sensibilidade ao toque e sintomas pós-traumáticos de stress em pessoas com lesões na medula espinhal.

O pequeno estudo piloto, apresentado na conferência dos Veteranos Paralisados da América em Orlando, Flórida, com 10 cadeirantes veteranos que sofreram lesões na medula espinhal, em média, 15 anos antes e que foram submetidos à certificação de mergulho. Pré-testes de mergulho verificaram espasticidade muscular dos participantes, controle motor, sensibilidade ao toque leve e alfinetadas, além de depressão, transtorno obsessivo-compulsivo e sintomas pós-traumáticos do transtorno do estresse. Oito pessoas concluíram o programa e o estudo também incluiu nove controladores de saúde que serviram como companheiros de mergulho.

Entre os veteranos, os pesquisadores descobriram uma queda média de 15% na espasticidade muscular, um aumento médio de 10% na sensibilidade ao toque leve e um salto médio de 5% na sensibilidade à picada de agulha. Ninguém no grupo de controle registrou quaisquer alterações neurológicas.
 No lado de saúde mental, sintomas pós-traumáticos e desordem de stress diminuíram, em média, 80%.

“O que vimos na água sugere que há alguma restauração facilitada da função neurológica e psicológica em paraplégicos”, disse o co-autor Dr. Adam Kaplin em um comunicado à imprensa. Kaplin é um professor assistente de psiquiatria e serviços comportamentais na Johns Hopkins University School of Medicine, em Baltimore.

Enquanto adverte que estes são resultados preliminares e que precisam de mais estudos, Kaplin tem algumas teorias sobre por que a água e a leveza promovem efeitos positivos em pessoas com lesões na medula espinhal. A água pode fornecer treinamento de resistência flutuante que não se encontram em terra, e na água a respiração não é dificultada, por estar sentado em uma cadeira. Os participantes podem também se beneficiar dos tecidos serem mais oxigenados pelo ar ser pressurizado, possivelmente causando melhorias no tônus muscular e sensibilidade.

“Há um sinal”, disse Kaplin, “mas somente por repetir esses resultados e mostrando melhorias significativas que podemos estabelecer. É muito cedo para saber com certeza.”.
 A ideia para o experimento veio de Cody Unser, fundador da Cody Unser First Step Foundation, com base no Novo México, sem fins lucrativos, sensibilização e conscientização para as pessoas com paralisia relacionada à medula espinhal.

Com 12 anos de idade, Unser contraiu mielite transversa, uma inflamação da medula espinhal que pode causar fraqueza ou paralisia muscular, bem como dor ou problemas sensoriais. Unser, que está paralisado do peito para baixo, tem sido tratada na Universidade Johns Hopkins e que ela e outros cadeirantes recuperaram alguma sensibilidade em seus pés após o mergulho.


Artigo enviado por Luciano Terra 

1 comentários:

Adorei a matéria. Sou mergulhadora e não sabia disso ;)

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