sexta-feira, 5 de abril de 2013

Implante Ocular De Telescópio


Um telescópio minúsculo, já aprovado para uso na Europa, pode ser implantado em um olho para ajudar pessoas com um grau avançado de degeneração macular. O aparelho assume o lugar das lentes naturais.
Um telescópio minúsculo, do tamanho de uma ervilha, foi implantado com sucesso nos olhos de pessoas com retinas severamente prejudicadas, ajudando-as a ler, assistir a televisão e ver melhor os rostos de familiares.
O novo aparelho é destinado a pessoas com um grau avançado e irreversível de degeneração macular em que o ponto cego desenvolve-se na visão central de ambos os olhos.
Em um breve procedimento ambulatorial, um especialista em córneas implanta o mini-telescópio em um dos olhos, no lugar de suas lentes naturais. O telescópio aumenta as imagens na retina, estendendo-as para que caiam nas células saudáveis fora da mácula danificada, disse Allen W. Hill, criador dos implantes e chefe executivo da VisionCare Ophthalmic Technologies em Saratoga, Califórnia, EUA.
Em março, um painel informativo para a Food and Drug Administration recomendou unanimemente a aprovação do aparelho para uso e comercialização nos EUA. A VisionCare espera que o FDA aprove até o fim deste ano. O aparelho já está liberado para uso na Europa.
O aparelho não cura doenças, mas ajuda a melhorar a acuidade visual. Por exemplo, uma pessoa que normalmente enxergaria apenas um borrão ao ver o rosto de um amigo pode, com a ajuda da imagem ampliada, ver um borrão apenas na região do nariz ou da boca desse amigo.
“As pessoas podem usar o aparelho para reconhecer rostos em um ambiente social,” afirma Janet P. Szlyk, membro do painel informativo e diretora executiva de uma agência de serviços sociais para cegos em Chicago, EUA.
O telescópio é implantado em um olho para tarefas como leitura ou reconhecimento facial. O outro olho, inalterado, é usado para visão periférica durante outras atividades como caminhar. Depois da implantação, terapia extensiva é crucial para aprender a lidar com as diferentes capacidades dos olhos.
Henry L. Hudson, um especialista em retinas de Tucson, Arizona, EUA, e autor principal de dois trabalhos sobre o telescópio já publicados, diz que o aparelho não é para qualquer paciente com degeneração macular. “Talvez apenas 20 de cada 100 candidatos vá receber o telescópio.” E ele completa que os candidatos “podem não ser elegíveis pelo formato dos olhos, ou ter outro problema, como falta de equilíbrio, que impede sua seleção.”
O preço do aparelho ainda não foi definido, mas espera-se que seja uma despesa coberta pelos planos de saúde dos EUA. [NY Times]

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