DIANA MAZOCCO |
Nome: Diana Mazocco
Cidade/Estado em que mora: Vila Velha/ES
Estado civil/filhos: Solteira e sem filhos.
Conte um pouco sobre como era sua vida antes de ser uma pessoa
com deficiência: Sempre fui pessoa com deficiência/cadeirante.Sou portadora de um problema genético conhecido como Atrofia
Muscular Espinhal (AME). A AME se caracteriza pela degeneração dos neurônios motores
localizados na medula espinhal, levando, consequentemente, à fraqueza muscular
com o decorrer do tempo.
Quando criança e adolescente quais eram suas maiores dificuldades e/ou o que mais
te deixava triste? Sempre levei uma vida tranquila. Não tive grandes problemas na
infância e adolescência. Estudei em escola regular e sempre contei com a ajuda
de amigos. Acredito que o modo como meus pais me educaram foi determinante para
eu ter essa vida tranquila. Eles nunca foram exageradamente protetores. Desde
pequena eles me mostraram que eu podia fazer e ser o que eu quisesse, bastava
eu querer e ir à luta.
Você trabalha? Estuda? Pratica esporte? Fale para nós um pouco
sobre sua rotina atual. A primeira faculdade que conclui foi a de Fonoaudiologia, porém,
não atuei na área. Em seguida cursei a faculdade de Direito, que é a minha
grande paixão. Atualmente estou estudando para o Exame da Ordem dos Advogados
do Brasil. Além disso, sou servidora pública municipal, mas continuo estudando
para passar em outros concursos públicos. Quais vitórias já obteve que gostaria de compartilhar conosco? Pequenas vitórias são conquistadas todos os dias, mas o dia mais
inesquecível para mim foi quando comecei a trabalhar e ter a minha
independência financeira. O trabalho dignifica o homem e eu sinto isso na pele.
Quais seus planos para o futuro? Tenho muitos planos. Começar efetivamente a advogar e construir
uma família são os principais.
Considerando que
alguns leitores do Blog são pessoas com deficiência e que você já passou por
muitas lutas, mas também por grandes vitórias gostaríamos que deixasse uma
mensagem a esses leitores. É preciso ter força! Sei que encontramos dificuldades todos os
dias. Não é fácil sair de casa, não é fácil se locomover nas nossas cidades.
Sabemos que a falta de acessibilidade e que a falta de transporte adaptado são
problemas que nos incomodam diariamente, mas não podemos permitir que isso impeça
de irmos à rua, de estudar, de garantir uma vaga de emprego. Enfim, é preciso
lutar e ter determinação. É preciso acreditar na capacidade que temos!
Entrevista realizada dia 1º/07/2013
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