sábado, 24 de agosto de 2013

Excluídos pela inclusão ou incluídos pela exclusão?





Temos o direito do acesso à educação de qualidade, isso é fato. Pergunto eu. Você tem uma educação de qualidade? Seus filhos usufruem de uma educação de qualidade? Não entremos no mérito da deficiência. Deficiência é uma limitação que todos nós possuímos em larga escala em algum aspecto da vida. Pensemos na sociedade como um todo.

Ao propor essa rápida reflexão, chamo a atenção para os reais atores que solidificam o baixo desempenho da educação brasileira. Nós.
Não raras vezes a culpa recai sobre os profissionais docentes. Vamos nos desnudar desse pensar. A peça principal não está nas mãos de profissionais, mas de todos. Antes de existir um professor, existe um sujeito de direitos que depende de um processo de atualizações e procedimentos de mudanças profundas. A aprendizagem é um ganho individual num espaço coletivo. Não há ganhos se um indivíduo com baixo desempenho é abandonado por seus déficits de aprendizagem e deixado como um fardo nas mãos de um ensino que não individualiza a necessidade de cada um.

 Com essa visão pode-se perceber que a maioria das escolas regulares não foram projetadas para respeitar as especificidades individuais. Nasce a inclusão. Mas ora, a inclusão não é um procedimento, não é somente uma matéria legislada. Inclusão é um processo, um processo humano.
É sabido que nos dias atuais uma gama de novos procedimentos estão sendo realizados para a construção desse processo, mas ainda há enraizado na história cultural, que escola (maioria) não aprofunda na diversidade do indivíduo mas numa padronização de ensino, cujo objetivo é lecionar para aqueles denominados “normais.”

Agora adentremos no campo da limitação. A verdadeira inclusão enquanto processo estaria nas escolas especiais, escolas essas que o MEC almeja extinguir nos próximos dias para que as escolas públicas com o ensino já comentado acima as acolham.
Quantos milhões de pessoas com deficiências existem no Brasil em idade escolar? Pensemos em dados concretos. Não há vagas para suportar a demanda em determinadas regiões para alguns, como então enquadrar a todos?

A intenção de inserir uma pessoa com deficiência em escola regular não é inclusão, é socialização e reforça a exclusão quando a intenção se distorce.
As escolas especiais oferecem a educação com eficiência e credibilidade. A inclusão radical não pode ferir a dignidade da pessoa com deficiência.


Sejamos solidários. Manifeste você que é a favor da manutenção das escolas especiais, assine a Petição on line pelo direito de escolha.


“(...) tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais,
na medida em que eles se desigualam “. Rui Barbosa

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