sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Nós, o diálogo e o respeito aos nossos direitos

Existe um ditado que diz: "Se conselho fosse bom, ninguém dava, vendia." não concordo. Existe também uma frase do Augusto Cury que diz assim: "Uma pessoa inteligente aprende com os seus erros, uma pessoa sábia aprende com os erros dos outros." acredito que podemos aprender também com os acertos dos outros. Enfim, eu tenho tido algumas atitudes que tem dado certo e por isso quero compartilhar com vocês.
Eu vejo o diálogo como o primeiro meio de resolver um problema, o menos desgastante e prejudicial, o mais barato... acredito que sejam inúmeras as vantagens de se tentar primeiramente o diálogo para a solução de problemas.
A falta de acessibilidade, de adaptação e de respeito, acredito que sejam os problemas mais frequentes em nosso dia a dia, especialmente quando se é uma com deficiência. E eu sou uma.
Todos nós sabemos que existem inúmeras leis, que de um lado nos garantem diversos direitos e de outro obrigam a sociedade a nos proporcionar um ambiente livre de obstáculos físicos e atitudinais, ou seja, ditam regras para o alcance de um mundo acessível e sem preconceito, em que possamos todos viver em condições de igualdade.Contudo todos nós sabemos que estamos caminhando bem devagar nessa direção, mas estamos caminhando...
Acredito que o desrespeito aos nossos direitos, como por exemplo, a existência de uma rampa, o rebaixamento de um balcão ou a instalação de um bebedouro acessível, em alguns casos, não foram feitos por desatenção, por não terem ciência do quanto aquilo é importante, necessário, facilitador de nossas vidas e de que aquilo é um direito. Imagino que você pode estar pensando que sou ingênua por pensar assim, que essas pessoas não fazem nada porque não se importam com a gente, que não querem gastar dinheiro com as adaptações etc. Sim, eu concordo que existem muitos que são negligentes intencionalmente, mas pense comigo, será que a dona daquele salão, farmácia, restaurante, lojinha de roupas, daquela cidade pequena onde existem poucas, ou nenhuma pessoa com deficiência vê a necessidade de adaptar seu comércio? Será que o funcionário, do comércio ou outro ambiente localizado numa cidade grande, que vê você tendo que ser carregado para entrar no local, fala com chefe sobre a necessidade/importância de construir uma rampa ali? Será que o responsáveis pelos estabelecimentos conhecem todos os nossos direitos e os deveres deles ou será que são sensíveis ao ponto de perceberam o quanto as situações são constrangedoras e nos incomodam? Eu acredito que nem sempre. Por isso, tenho usado o diálogo. E o melhor de tudo é que tem funcionado.
A faculdade onde eu estudo ainda não é completamente acessível, mas quando comecei a estudar lá e vi que eram necessárias algumas adaptações, fiz uma lista de todas elas e muitas já foram atendidas, como por exemplo: instalações de bebedouros acessíveis, rebaixamento de balcão de atendimento, identificação de vagas de estacionamento reservadas, entre outras... 
Outro exemplo foram as mudanças realizadas numa exposição. Estive nessa exposição e a altura da mesa onde estavam os objetos expostos me impediu de ver muitos deles. Chegando em casa enviei um e-mail dizendo o que aconteceu, me agradeceram e diminuíram a altura das mesas.
Se utilizarmos o diálogo poderemos ter nossos direitos respeitados. Tente.
Se tem alguma experiência interessante conte para a gente, divida conosco. Vamos aprender também com os acertos dos outros.

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